MISSÃO
Divulgar atividades e eventos, bem como outros assuntos de interesse aeronáutico para a Força Aérea.
COMPETÊNCIAS
a) Planear, programar e elaborar as edições da revista do ponto de vista editorial;
b) Promover a cultura aeronáutica, incluindo a divulgação de eventos ou relatos histórico-aeronáuticos;
c) Divulgar os eventos internos e mensagens de interesse para a população militar e civil;
d) Divulgar as atividades e eventos, de interesse público, onde a Força Aérea participou ou se fez representar;
e) Promover e manter o relacionamento com os órgãos congéneres e entidades nacionais e estrangeiros;
f) Colaborar com entidades internas e externas, nacionais e estrangeiras, na divulgação histórico-aeronáutica.
HISTÓRIA
No mês de abril de 1959 publica-se a primeira edição da Mais Alto, dando conta na primeira página do seu espírito editorial “um jornal ao serviço da Aviação Portuguesa patrocinado pela Força Aérea Portuguesa.” É diretor e proprietário o Dr. Miguel Trigueiros, Chefe dos Serviços de Divulgação da Força Aérea, editor o Sr. Carlos Cascais Xavier – personalidades do mundo editorial da época, desempenhando simultaneamente funções na Revista Flama – a que se juntou o Capitão Orlando Parente Maia Marques como administrador da revista.
A criação da Mais Alto foi uma iniciativa do Subsecretário de Estado da Aeronáutica, o então Coronel Kaúlza de Arriaga, destinando-se a “substituir o mensário Brado”, publicação editada pela Força Aérea na década de cinquenta, sob direção do Padre Antero de Sousa, conforme é descrito na Informação, de 17 de março de 1959, do Subsecretariado de Estado da Aeronáutica – Serviços de Divulgação da Força Aérea.
Entre outras orientações expressas no documento, algumas de cariz financeiro, é determinado o “formato de 30x43cm, idêntico ao Diário Popular”, com o número de páginas previsto de 12, sendo quatro a duas cores. A organização administrativa e doutrina redatorial seguiram as determinações já adotadas para o Brado.
De 1959 a 1974, dentro da página de abertura da edição inaugural da Mais Alto, ainda em formato de jornal, com data de abril de 1959, o Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, General Costa Macedo, definia-o em traços gerais como “uma publicação desta natureza deve orientar-se fundamentalmente para o desenvolvimento e consolidação de um salutar espírito de corpo da organização que serve.
Nem pesadamente técnico, conselheiral ou dogmático, nem extremamente jocoso, superficial ou vulgar (…)”, constituindo-se como “repositório dos factos notáveis da vida da FAP e um “órgão de propaganda orientada no sentido de despertar na mocidade a curiosidade pelas Coisas do AR e cultivar-lhes o desejo de servir a Pátria nas fileiras da Força Aérea.
Referia mais adiante, no N.º 1 da Mais Alto, o General Costa Macedo: o “Jornal Mais Alto, deseja precisamente vir a tornar-se digno do dístico que adotou para seu nome e símbolo de intenções. “Mais Alto” nos caminhos do ar, porque estas páginas se destinam a servir com lealdade o presente e o futuro da Aviação Portuguesa.
A partir da vigésima edição, de dezembro de 1960, agora já com 20 páginas, o jornal “Mais Alto” tornou-se propriedade da Subsecretariado de Estado da Aeronáutica, passando os seus diretores a ser nomeados de entre os Oficiais-Generais da Força Aérea, tendo sido o primeiro diretor o Brigadeiro Francisco Chagas.
Com a edição N.º 45, de janeiro de 1963, já com formato de revista (24x32,5cm) a “Mais Alto” surge com um tamanho mais reduzido e, como esclareceu a direção, “de mais fácil manejo e ainda dar possibilidade dos seus números poderem ser colecionados em encadernação mais económica”.
Durante o período da guerra nas frentes africanas, a Mais Alto deu também destaque ao esforço militar da Força Aérea, tanto no combate como na formação dos seus militares.
Em março de 1974, com a publicação do N.º 179 a “Mais Alto” interrompe a sua edição durante quase quatro anos, no seguimento dos acontecimentos de 25 de abril de 1974.
O tempo de ressurgimento a 14 de novembro de 1977, em documento do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General José Lemos Ferreira, são apresentadas “As linhas gerais de orientação para a edição de uma revista da Força Aérea” e definidas a finalidade, a estrutura editorial, a composição da direção e alguns aspetos técnicos da publicação.
A “Mais Alto” regressa, assim, aos seus leitores com o N.º 180, em janeiro de 1978, sob a direção do Brigadeiro Piloto-Aviador João Mendes Quintela, complementando o título com a designação “Revista da Força Aérea”.
Adoptou-se o formato 21x29,7cm e foi aumentado o número de páginas para 32, variando ao longo dos anos, entre 32 e 60, até ao atual número de 56.
Nesta nova etapa da revista, a orientação editorial reflete as ações da Força Aérea, no âmbito da retração do seu dispositivo e reorganização, consequência do fim do período da Guerra Ultramarina, bem como os passos seguidos na sua modernização, apresentando ainda reflexões, análises e episódios sobre a presença e emprego de forças nos teatros de guerra africanos.
De 1992 à atualidade a redefinição da missão da revista, na sequência da tendência já verificada nos dois anos anteriores, aponta como diretivas de edição, a divulgação do Poder Aéreo de forma mais abrangente, em ambiente teórico e operacional.
A valorização da pesquisa Histórica Aeronáutica no quadro nacional, revisitando os tempos fundadores da Aerostação e da Aviação em Portugal até à evolução que nos conduziu aos tempos atuais.
Foi dado relevo, mais uma vez, aos artigos sobre os programas de modernização da Força Aérea Portuguesa, proporcionando aos leitores um conhecimento mais abrangente das missões executadas pela Força Aérea Portuguesa no cumprimento da sua missão nacional e na componente internacional, atendendo aos compromissos assumidos por Portugal nos diferentes fóruns de decisão.