MISSÃO
Disponibilizar à Força Aérea, aos outros ramos das Forças Armadas, às forças de segurança e às indústrias de defesa, os espaços e a segurança necessários para a execução das práticas e experiências com armamento de treino ou real, bem como a armazenagem de material de guerra.
COMPETÊNCIAS
a) Apoiar o treino operacional do pessoal navegante da Força Aérea em missões de tiro e bombardeamento, bem como o de Forças Aéreas Estrangeiras, em cumprimento com acordos estabelecidos;
b) Apoiar a execução da instrução e o treino operacional das Forças Armadas, Forças Militarizadas e de Forças Segurança, nomeadamente no domínio da execução de fogos e em exercícios táticos de combate;
c) Apoiar o desmantelamento e a destruição de munições de explosivos militares;
d) Proceder a ensaios de material de guerra a utilizar ou em uso nas Forças Armadas, Forças Militarizadas e de Forças de Segurança;
e) Colaborar com as Indústrias de Defesa e estabelecimentos produtores com interesses afins, através da execução de ensaios e demonstrações.
HISTÓRIA
O Campo de Tiro (CT) localiza-se na bacia sedimentar dos rios Tejo e Sado e foi criado por decreto régio a 24 de março de 1904 como polígono de tiro de artilharia.
Desde esta data o CT passou por várias dependências, maioritariamente do Exército, mas, a 26 de fevereiro de 1993, de acordo com o DL 51/93, foi integrado na Força Aérea, como unidade territorial, na dependência orgânica do Comando Aéreo (CA).
O CT dispunha inicialmente de uma área de cerca de 1680 hectares, aumentados, a partir de 1985, para aproximadamente 7560 hectares. Esta vasta extensão de terreno possui uma larga mancha florestal onde se abriga, em convivência pacífica com os seus ruidosos vizinhos, uma abundante fauna cinegética.
Para o desempenho da sua missão a unidade dispõe de várias infraestruturas e equipamentos de carácter operacional, em que se salientam: várias carreiras de tiro de que se destaca a de tiro ar-solo, pórtico metálico, radar DOPPLER, pista de aterragem, equipas de neutralização de engenhos explosivos. A segurança do CT é efetuada por elementos da Polícia Aérea e baseia-se essencialmente em equipas cinófilas.
O CT está localizado em plena charneca ribatejana (charneca do pliocénico) sendo as espécies aborígenes predominantes o sobreiro e o pinheiro manso. Nesta matéria têm-se desenvolvido operações com vista à conservação da floresta autóctone tendo-se procedido à plantação de 100ha de pinheiro manso que constitui a maior plantação deste tipo de arvoredo, nesta região. Outras intervenções estão dirigidas para o encaminhamento do montado de sobro.
Como a construção de pequenas barragens, são algumas das operações inseridas na preservação do ambiente, medidas que seguem a orientação da Força Aérea quanto a esta mancha florestal que constitui com as espécies cinegéticas que aqui habitam um ecossistema equilibrado. Entre as espécies existentes no CT contam-se a perdiz; o cisão; a raposa e o ginete, sendo o coelho a espécie predominante.
O CT, pelas suas características, é o local ideal para as escolas dos concelhos limítrofes procederem a visitas de estudo de caráter ambiental, acampamentos de escuteiros, comemorações do Dia da Árvore, num contacto estrito com a natureza, estando este preparado e vocacionado para as receber.