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Enquadramento

A consequência mais evidente das alterações climáticas antropogénicas é o aumento da frequência e intensidade de eventos meteorológicos extremos que resultam essencialmente dos processos de dissipação do excesso de energia absorvida pelo sistema climático devido à crescente concentração de Gases de Efeito de Estufa (GEE) na troposfera. Daí resultam impactes específicos que afetam, direta ou indiretamente, a missão da Força Aérea. Assim, torna-se imperativo evitar e reduzir as emissões de GEE a nível global, o que reforça a importância de alcançar o objetivo definido no Acordo de Paris – atingir a neutralidade carbónica, ou seja, alcançar um balanço neutro entre as emissões de GEE e o sequestro de carbono, até 2050. Face à dimensão do desafio, todos os setores serão chamados a contribuir, pelo que a Força Aérea pretende envidar todos os esforços para reduzir as suas emissões de GEE e aumentar a sua capacidade de sumidouro, tal como é apresentado no seu Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 Força Aérea (RNC2050FA).


O Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 Força Aérea (RNC2050FA) representa o compromisso da Força Aérea para reduzir emissões de GEE e identificar as áreas a monitorizar e intervir de forma a contribuir para o desígnio da mitigação e adaptação às alterações climáticas.

O roteiro surge como resposta ao compromisso que o Governo Português assumiu em 2016 na 22.ª Conferência das Partes em sede da Organização das Nações Unidas, definindo metas de redução do impacto ambiental para serem atingidas até 2050.

A Defesa do Ambiente na Força Aérea

Em defesa do ambiente, foi em 1995 que a Força Aérea introduziu a primeira política ambiental, obtendo a primeira certificação ambiental em 2001 através do Campo de Tiro (CT). Conscientes da importância e responsabilidade nesta área, decorria o ano de 2005 quando ingressaram na Força Aérea os primeiros engenheiros do ambiente. Fruto desse trabalho, em 2016, a Força Aérea obteve a primeira certificação EMAS numa unidade militar, no caso a Base Aérea N.º 5 (BA5).

Atualmente, a Força Aérea tem três unidades com certificação ISO 14001 (CT, BA5 e Estação de Radar N.º 2 (ER2)), duas unidades com registo EMAS (BA5 e ER2), uma unidade com certificação em Modo de Produção Biológico (CT), uma unidade com certificação PEFC (CT) e uma unidade com certificação FSC (CT).

Plano de Voo para 2050 – RNC2050FA

Tal como num voo - em que para chegar a um destino é fundamental conhecer a posição inicial e a posição a cada momento da rota -, o alcançar da neutralidade carbónica exige o conhecimento do estado atual do balanço entre emissões e sequestro de carbono, a fim de se definir a trajetória de redução de emissões de GEE.

O roteiro encontra-se dividido em três etapas: o mapeamento onde são reconhecidas as fontes, estimadas as emissões de GEE e identificadas as capacidades de sequestro de CO² da floresta; a fase da redução na qual são representados os vários cenários possíveis para atingir a redução; e a fase da neutralidade, onde será monitorizada e avaliada a evolução das ações de redução definidas ao longo do tempo, identificando-se a necessidade de ajustes.

Evolução da Redução de Emissões de Gases de Efeitos de Estufa

O Roteiro para a Neutralidade Carbónica da Força Aérea representa o compromisso da instituição para reduzir emissões de GEE, identificar as áreas a monitorizar e intervir de forma a contribuir para o desígnio da mitigação e adaptação às alterações climáticas.

A Força Aérea é o primeiro órgão da Administração Pública a apresentar um Roteiro para a Neutralidade Carbónica até 2050.

O roteiro foi tornado público numa cerimónia presidida pela Ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, que contou com a presença do Secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba, do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves, na Base Aérea N.º 5, em Monte Real. Saber mais

O Nosso Compromisso até 2050

Até 2050, a Força Aérea compromete-se a diminuir 66% do consumo de água, 74% do consumo total de energia e 90% de emissão de gases de efeitos de estufa.

As metas acima descritas englobam as políticas ambientais implementadas pela Força Aérea desde 2005, que permitiram até ao momento reduzir 44% do consumo de água, 20% do consumo de energia e 55% de emissão de GEE, e uma valorização de resíduos em 20%.

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