Missão
Garantir a prontidão da infraestrutura aeronáutica, o apoio logístico e administrativo de unidades e órgãos neles sediados ou destacados, bem como a segurança militar e a defesa imediata. Os Aeródromos de Manobra constituem unidades dotadas de aeródromo destinadas a acolher e apoiar destacamentos temporários de aeronaves.
Competências
a) Garantir o estado de prontidão necessário à operação das Unidades Aéreas que a ele se dirigem ou nele se encontram destacadas;
b) Garantir a exploração dos serviços de aeródromo e de rádio ajudas;
c) Executar as tarefas logísticas e administrativas de apoio geral;
d) Garantir a segurança militar e a defesa imediata da área onde se encontra implantada e de outros pontos sob a sua jurisdição.
HISTÓRIA
Custódio de um vasto e valioso património histórico, o atual Aeródromo de Manobra N.º 3 sucedeu à antiga infraestrutura NATO, a qual, embora tenha sido iniciada em 1974, apenas começou a dispor dos seus quadros próprios a partir de 1 de julho de 1977, ficando, a partir dessa data, a ser a fiel depositária do conjunto de infraestruturas aeronáuticas entretanto erigidas no âmbito de projetos eleitos pela NATO.
Para uma contextualização fidedigna importa referir que a génese ocorreu em 1959, quando o, à altura, “Allied Command Atlantic”, estabeleceu os requisitos para as operações aéreas de patrulhamento marítimo na região sul da área ibero-atlântica (“Iberlant”) e elegeu o Arquipélago da Madeira – devido à sua situação estratégica – como o local ideal para a localização de um aeródromo de apoio a este tipo de operações aéreas – assim, para cumprimento desse desiderato, a pista existente no Porto Santo foi disponibilizada à NATO para esse efeito.
Em 1968 iniciaram-se um conjunto de trabalhos com vista ao prolongamento, reparação e recarga da pista existente, à respetiva iluminação e ao aumento da capacidade de fornecimento de energia elétrica, armazenamento de munições, construção do edifício do comando e administração, construção da área de combustíveis e correspondentes oleodutos.
Na mesma época procedeu-se à instalação de emissores e recetores para apoio às comunicações com aeronaves.
Os trabalhos enumerados foram concluídos em 1974.
Em novembro de 1977 verifica-se o início do apoio ao Destacamento Aéreo da Madeira (DAM), o qual se veio a constituir de forma permanente, com o estacionamento no aeroporto de Santa Catarina de um CASA 212 AVIOCAR – aquela aeronave manteve-se estacionada naquele aeroporto até finais de 1989, altura em que foi definitivamente transferida para Porto Santo, onde, em 31 de dezembro de 1990, se lhe juntou um helicóptero SA-330 Puma.
Dando continuidade aos vários planos de investimento previstos para esta infraestrutura NATO, no início de 1982 procedeu-se, entre outros trabalhos, à ampliação da pista e à construção, na zona norte, de dez placas de dispersão para estacionamento de aeronaves, constituindo-se assim a chamada área militar do Porto Santo.
A partir de 1994, em virtude da conjuntura internacional e das alterações entretanto verificadas ao nível da NATO, a sustentação e manutenção dos recursos humanos e logísticos existentes passou a ser responsabilidade nacional tendo-se nessa altura constituído o destacamento da Força Aérea no Porto Santo.
Em março de 2006 o SA-330 PUMA estacionado no Aeródromo do Porto Santo foi substituído pelo EH-101 Merlin passando o Destacamento Aéreo da Madeira a dispor desta aeronave e do C-212 AVIOCAR.
Decorrente do despacho N.º 62/2009, de 20 de novembro, do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), foi ativado, em 25 de novembro de 2009, o Aeródromo de Manobra N.º 3 e, através da portaria N.º 93/2010 foi atribuído o Estandarte Nacional ao Aeródromo de Manobra N.º 3.
Em 05 de novembro de 2010, o C-212 Aviocar foi substituído pelo C-295 passando o Destacamento Aéreo da Madeira (DAM) a ser constituído por esta aeronave e pelo EH-101 Merlin.
A missão do Aeródromo de Manobra N.º 3 é apoiar logisticamente o DAM, assim como outras aeronaves militares que operem ou transitem no aeródromo.
Compete-lhe também garantir a manutenção das infraestruturas, a segurança interna da unidade e ainda a receção, armazenamento e distribuição por oleodutos de todo o combustível a consumir na Ilha do Porto Santo.