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Aeródromo de Manobra N.º 1

MISSÃO

Garantir a prontidão da infraestrutura aeronáutica, o apoio logístico e administrativo de unidades e órgãos neles sediados ou destacados, bem como a segurança militar e a defesa imediata. Os Aeródromos de Manobra constituem unidades dotadas de aeródromo destinadas a acolher e apoiar destacamentos temporários de aeronaves.

 


COMPETÊNCIAS

a) Garantir o estado de prontidão necessário à operação das Unidades Aéreas que a ele se dirigem ou nele se encontram destacadas;

b) Garantir a exploração dos serviços de aeródromo e de rádio ajudas;

c) Executar as tarefas logísticas e administrativas de apoio geral;

d) Garantir a segurança militar e a defesa imediata da área onde se encontra implantada e de outros pontos sob a sua jurisdição;

e) Apoiar logística e administrativamente a Área Cinotécnica da Força Aérea e a Delegação Norte do Centro de Recrutamento da Força Aérea (CRFA).

HISTÓRIA

O Aeródromo de Manobra N.º 1 (AM1) da Força Aérea está localizado em Maceda - Ovar, 30km a sul da cidade do Porto. A sua construção iniciou-se por fases, em 1957, tendo ficado concluída em 1966. 

Inicialmente, a infraestrutura teve como finalidade proporcionar facilidades de estacionamento e apoio a aviões de Patrulhamento Marítimo da NATO, em caso de guerra (Guerra Fria). 

Em 22 de novembro de 1963, pela Portaria N.º 20183, entretanto revogada pela Portaria Nº 20363 de 06 de fevereiro de 1964, foi definido que o AM1 dependia da 1.ª Região Aérea "para o enquadramento do pessoal da Força Aérea necessário à guarda das instalações e sua manutenção em estado de utilização". Era sua missão apoiar aviões de patrulhamento marítimo e luta antisubmarina nas áreas "Southern Cinceastlant and Cinciberlant". 

A Portaria N.º 20584 de 13 de maio de 1964, atualizou a finalidade do AM1 para "enquadramento eventual de unidades aéreas operacionais", tendo sido utilizado por forças aéreas da NATO: Portugal, França, Reino Unido e Estados Unidos. 

Em 2 de abril de 1965 foi atribuída à Força Aérea a responsabilidade da manutenção e operação do AM1/INOVAR. É esta a data que, desde 1980, tem vindo a ser comemorada como Dia de Unidade.

Em novembro de 1975 convergiram para o AM1 os meios aéreos adequados que possibilitaram o desfecho conhecido do 25 de novembro de 1975, aqui comemorado em 1980 com a presença de Sua Excelência, o Presidente da República. 

Em 22 de janeiro de 1986 é criado o Centro de Instrução Cinotécnico do Corpo de Polícia Aérea (CICCPA). Sediado no AM1, ficou com a missão de formar equipas cinotécnicas e manter, em permanência, uma equipa de demonstração apta a divulgar o trabalho com cães militares. 

Com a extinção do Corpo de Polícia Aérea, O CICCPA ganhou a designação de Centro de Treino Cinotécnico da Força Aérea (CTCFA).

Em 2019, com o Despacho N.º 25/2019 do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA) - Implementação da Reorganização da Estrutura Interna da Força Aérea (REIFA) ganhou a designação atual de Área Cinotécnica da Força Aérea (ACFA).

Em 2021 a ACFA comemorou 35 anos ao serviço da Força Aérea tendo, ao longo da sua vida, sido responsável pela formação de mais de 1600 militares entre Treinadores, Monitores e Instrutores bem como de igual número de cães militares.

Desde então, este binómio homem/animal tem-se constituído como importante elemento da defesa próxima na maior parte das unidades da Força Aérea.

Simultaneamente, através da sua equipa de demonstração, tem divulgado a sua atividade de excelência ao mesmo tempo que tem contribuído para a dignificação e engrandecimento da imagem da Força Aérea.

No dia 06 de outubro de 2004 é implementado no AM1 um Centro de Divulgação da Defesa Nacional. É através deste Centro que longas centenas de jovens, de ambos os sexos, da zona norte do país têm o primeiro contacto com a realidade da Defesa Nacional, das Forças Armadas Portuguesas e da Força Aérea em particular. 

A 6 de abril de 2005, por ocasião das comemorações do Dia da Unidade, foi inaugurado no AM1 o Pólo do Museu do Ar, no norte do país. O Museu apresenta um espólio apreciável composto por diversas aeronaves, veículos de apoio diverso e um vasto conjunto de outros equipamentos/materiais relacionados com as mais diversas áreas de operação da Força Aérea Portuguesa. Esta infraestrutura encontra-se aberta ao público, sendo um pólo de atração para visitantes das mais diversas nacionalidades. 

Desde a sua implantação e no cumprimento da missão atribuída, o AM1 tem apoiado inúmeros eventos nacionais e aliados. Assim, na vertente nacional, verificou-se a sua utilização por destacamentos aéreos das Esquadras 501 - "Bisontes" (C-130H) e 601 - "Lobos" (P-3P) que se deslocaram para a Unidade a fim de efetuar missões de qualificação das suas tripulações. Igualmente, as Esquadras 201 - "Falcões" e 301 - "Jaguares" (F-16M) aqui efetuaram missões de treino operacional e alerta de Defesa Aérea. Também a Academia da Força Aérea (AFA) elegeu o AM1 como unidade ideal para efetuar a largada de futuros Pilotos-Aviadores, bem como para a realização dos exercícios de Comando e Liderança e Exercícios Finais. Na vertente aliada, o AM1 recebeu destacamentos da NAEW Component com o E-3A AWACS bem como destacamentos de C-130 da Força Aérea Belga. 

Tem ainda servido de plataforma de apoio a eventos de alta visibilidade a norte de Portugal, nomeadamente as Comemorações do Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas, Comemorações do Dia da Força Aérea e a realização do Exercício Felino 2008 que envolveu todos os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). 

Em 2010 acolheu, como unidade da Host Nation, diversos treinos da Esquadra do F-16 MLU, com vista ao FORCEVAL da NATO que decorreu em março de 2011, para certificação das componentes Operacionais, Logística e Force Protection da Esquadra 301 para fazer face aos compromissos internacionais assumidos. 

Na vertente do apoio a missões de interesse público, o AM1 acolhe, há vários anos, o destacamento permanente de um AW119MKII "Koala" da Esquadra 552 - "Zangões" da Base Aérea N.º 11, para Busca e Salvamento na zona norte do país bem como tem servido, sempre que necessário, de base a meios aéreos dedicados a operações de combate a incêndios florestais. Da mesma forma, tem apoiado missões de transporte de equipas médicas de recolha de órgãos para transplantes urgentes na zona norte do país.