Em missão desde 19 março e até 26 de novembro, está de regresso o destacamento da Força Aérea que durante este ano voltou a sobrevoar o Mar Mediterrâneo em missões de vigilância marítima. A operar a partir de Málaga, em Espanha, através de um avião C-295M da Esquadra 502 – "Elefantes", o destacamento detetou mais de 21.761 contactos, dos quais perto de 600 foram classificados como de interesse, em 380 horas de voo dedicadas à salvaguarda da vida humana, prevenção da migração ilegal, tráfico de seres humanos, bens e armamento, pesca ilegal, contrabando, tráfico de droga e outras atividades ilícitas. 

Daqueles contactos, dez foram reportados como eventos de migração irregular, com aproximadamente 160 pessoas a bordo de embarcações. 

A missão, denominada JO INDALO e que totalizou quase 5 milhões de quilómetros quadrados percorridos, decorreu ao serviço da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira – FRONTEX, da União Europeia.

No regresso a Portugal, o destacamento foi recebido ontem, dia 4 de dezembro, na Base Aérea N.º 6, no Montijo, com uma cerimónia militar de retração, presidida pelo Comandante Aéreo, Tenente-General Sérgio Pereira, que aproveitou o momento para agradecer a todos os envolvidos pela entrega demonstrada e pelo resultado obtido reiterando o "orgulho e a gratidão que a Instituição sente por cada um de vós. Cumpriram a missão com competência, coragem e determinação, elevando uma vez mais o nome da Força Aérea e de Portugal. Mas esta missão foi muito mais do que os números, foi a demonstração do vosso empenho, da vossa capacidade de atuar em cenários complexos, na certeza de que estamos preparados para fazer a diferença onde mais importa". 

Há 15 anos, desde 2011, que a Esquadra 502 participa em missões ao serviço da FRONTEX, mantendo participação regular na JO INDALO. Nestes 15 anos foram reportados mais de 12.000 migrantes na tentativa de cruzar as fronteiras europeias por via marítima. 

A operação ÍNDALO está integrada na Agência Europeia da Guarda Costeira e de Fronteiras –FRONTEX, um organismo europeu criado em 2004 com o objetivo de promover, coordenar e desenvolver a gestão das fronteiras europeias, em conformidade com a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (UE) e o conceito de Gestão Integrada de Fronteiras. Compete-lhe ajudar os Estados-Membros da UE e os países associados de Schengen a proteger as fronteiras externas do espaço de livre circulação da UE.