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Força Aérea em mega operação de salvamento nos Açores

Ventos a rondar os 90km/h e ondas de 10 metros. Foi nestas condições que as esquadras 751 – “Pumas”, 502 – “Elefantes” e 601 – “Lobos” trabalharam durante a mega operação de salvamento, que decorreu entre os dias 06 e 07 de maio, a cerca de 900 quilómetros a sul dos Açores. Quatro tripulantes de um veleiro foram resgatados através do helicóptero EH-101 Merlin, que contou com o apoio de duas aeronaves C-295M para alcançar a zona de operações. Outras duas pessoas foram localizadas pelo P-3C Cup+ no meio do oceano e apoiadas até à chegada do navio hospital "Esperanza Del Mar".
 
A operação, em condições extremas, foi lançada para recuperar mais de dez pessoas, de cinco veleiros, apanhados pelas más condições meteorológicas que se faziam sentir no Atlântico-Norte. Os pedidos de socorro davam conta de avarias nas embarcações e dificuldades na navegação.
 
Além destas aeronaves  ativadas pelo Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Aéreo das Lajes, mediante solicitação do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada , esteve também envolvido na operação um C-130J da Guarda-Costeira norte-americana, que se encontrava nos Açores a participar no exercício ASAREX 15, e diferentes navios mercantes.
 
Os quatro tripulantes resgatados pelas esquadras 751 e 502, entre os 40 e os 60 anos, navegavam no veleiro "Kolibri", de bandeira norueguesa. Após terem sido retirados da água, um a um, foram encaminhados para uma unidade hospitalar, que confirmou estarem a salvo de complicações.
 
No caso dos náufragos localizados graças às capacidades do P-3C Cup+ (um adulto e uma criança), um deles acabou por não resistir, mesmo após ter sido lançado à àgua um kit de sobrevivência. Estes navegavam no veleiro "Reves D’o", de bandeira francesa, com mais dois familiares que, por sua vez, conseguiram entrar numa balsa e foram recolhidos pelo navio mercante "Yuan Fu Star", de Hong Kong.
 
Após localizadas as vítimas, a Esquadra 601 conduziu o salvamento por via marítima e acompanhou o processo até à chegada do "Esperanza Del Mar". Infelizmente, o tempo de permanência no mar ditou o pior desfecho para a criança.
 
As embarcações mercantes mobilizadas para a operação tiveram um papel crucial ao apoiar estes e outros dos tripulantes em perigo.