MISSÃO
Garantir a prontidão das unidades aéreas e o apoio logístico-administrativo de unidades e órgãos nelas sediados mas dependentes de outros comandos, bem como a segurança interna e a defesa imediata.
COMPETÊNCIAS
a) Planear, dirigir e controlar a atividade dos meios que lhe estão atribuídos;
b) Garantir a prontidão das unidades aéreas atribuídas ou a atribuir em reforço;
c) Garantir o apoio logístico e administrativo de unidades e órgãos nela situados mas dependentes de outros comandos;
d) Garantir a exploração dos serviços de aeródromo;
e) Garantir a segurança militar e a defesa imediata da área onde se encontra implantada e de outros pontos sob a sua jurisdição.
HISTÓRIA
Em 1926 tem lugar a primeira ligação aérea nacional Lisboa-Açores, sendo realizada em hidroavião FOKKER, oferecido à Aviação Portuguesa por Açorianos residentes na América do Norte.
Em 1928, é nomeado o Tenente-Coronel CIFKA DUARTE para estudar a possibilidade de construir um aeroporto numa das ilhas dos Açores, concluindo-se que a pista deveria ser construída na Achada, zona planáltica entre a cidade de Angra do Heroísmo e as Lajes, na Ilha Terceira.
A 04 de outubro de 1930 foi solenemente inaugurado o Aeródromo da Achada com a descolagem do AVRO, um monomotor, biplano, ao qual foi simbolicamente dado o nome de "Açor", tornando-se no primeiro aparelho a descolar de solo Terceirense. A honra de o pilotar coube ao Capitão Frederico Coelho de Melo, natural da freguesia de Altares, na Terceira. O retângulo da pista tinha 600 metros de comprimento e 70 metros de largura.
Em 1934, o Serviço de Engenharia Militar, na sequência de estudo do Coronel Eduardo Gomes da Silva, natural da Terceira, inicia a construção de uma pista de terra compactada na planície das Lajes, sob a supervisão do Capitão Engenheiro Magro Romão.
Em 1941, face à evolução da II Guerra Mundial, o Governo Português destaca para os Açores um Corpo Expedicionário, entre o qual se contam duas esquadrilhas de caça equipadas com aviões Gladiator.
Uma destina-se a Santana, (N.° 1 - comandada pelo Capitão Piloto Aviador Rodrigues Costa), em S. Miguel e a outra destina-se às Lagens, (N.° 2 - comandada pelo Tenente Piloto Aviador Manuel Pinto Machado de Barros), na Terceira.
No dia 04 de agosto de 1942, segundo narra o artigo 6. ° da Ordem de Serviço do Grupo de Esquadrilhas N.° 2, as Forças de Aeronáutica nos Açores passaram a constituir a Base Aérea N.° 4, no Aeródromo de Santana em S. Miguel, e a Base Aérea N.° 5, no Aeródromo das Lagens, na Terceira.
A 08 de outubro de 1943, após acordo assinado invocando a velha aliança existente entre Portugal e a Inglaterra, o Grupo-247 das Forças Inglesas chega à Terceira, aqui permanecendo até junho de 1946.
De entre os melhoramentos e construções efetuadas destaca-se o revestimento da pista, construída pelos portugueses, com placas metálicas. Trinta dias após o desembarque inicial das Forças Inglesas era afundado o primeiro submarino alemão.
Em fevereiro de 1944 é a vez dos Estados Unidos da América aqui se instalarem com destacamentos da Força Aérea, da Marinha e do Exército. Em princípios de 1945, os EUA transferem o destacamento para a Ilha de Santa Maria onde constroem o aeroporto a partir do qual operam, enquanto os ingleses se mantêm nas Lajes.
A 03 junho de 1946, após o final da guerra, termina a cedência da Base Aérea das Lajes à Grã-Bretanha. A Bandeira Britânica é arriada, içando-se a Bandeira Portuguesa na presença de representantes dos governos Português e Britânico.
Em 1946, com a saída dos britânicos, um destacamento das Forças dos EUA transfere-se definitivamente para a Base Aérea N.º 4 (BA4).
A partir daí o aeródromo passa por uma série de melhoramentos, a estrutura da Base é reorganizada e assiste-se a um aumento considerável do movimento de aeronaves, como os BOEING B-17, DOUGLAS C-54, ALBATROZ SA-16, SYKORKY SH-19 e DAKOTA C-17 que passam a operar a partir das Lajes. À BA4 foi atribuída a missão de Busca e Salvamento.
Secundariamente, executam-se missões de Reconhecimento Meteorológico, de Transporte Aéreo e de Formação de Pilotos e Navegadores para aviões plurimotores.
De 1946 a 1961 a BA4 cumpre eficazmente a sua missão, sendo notório o abrandamento da sua atividade a partir daí, uma vez que o centro das atenções se transfere então para a guerra em África.
Em 1978 a BA4 é integrada no Comando Aéreo dos Açores, sendo-lhe atribuída uma missão que engloba a Busca e Salvamento, o Transporte Tático e o Patrulhamento Marítimo na área do arquipélago, atividades que continuam hoje como parte integrante da sua missão. As suas unidades aéreas desempenham, ainda, um papel preponderante no apoio às populações e autoridades civis locais, nomeadamente através das evacuações sanitárias e do transporte inter-ilhas.
Testemunho do cabal cumprimento das missões atribuídas é a condecoração da BA4 com a Medalha de Ouro dos Serviços Distintos, concedida a 16 de julho de 1980 pelo Presidente da República, bem como o louvor e a Medalha de Ouro de Serviços Distintos concedidos ao Grupo Operacional 41 pelo Ministro da Defesa Nacional, respetivamente em 23 e 29 de maio de 1991.
Em 1993 o dispositivo da Força Aérea nos Açores sofre grandes alterações. Assim, pelo Decreto Lei N.º 51/93, de 26 de fevereiro, é extinto o Comando Aéreo dos Açores ficando a Força Aérea a dispor no arquipélago unicamente de uma unidade base, a Base Aérea N.° 4.
Consequentemente, o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), através do Despacho N.º 22/93, de 08 de outubro, determina a reorganização da BA4, de que se salienta a extinção das Esquadras 503 e 752, aglutinadas numa única Esquadra, a 711, constituída por duas esquadrilhas equipadas com as aeronaves das suas antecessoras e por uma Esquadrilha de Manutenção de Aeronaves.
Por alvará de 21 de julho de 2000, considerando o elevado mérito dos serviços prestados à comunidade, foi a Esquadra 711 da BA4 agraciada pelo Presidente da República com o Título de Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.
Mais recentemente, por alvará de 21 de julho de 2006, considerando a forma exemplar, com total dedicação e elevado profissionalismo como ao longo dos anos e em todas as circunstâncias vem desempenhando as exigentes missões que lhe têm sido atribuídas no âmbito da defesa integrada do território nacional, do salvamento de vidas humanas e do apoio às populações da Região Autónoma dos Açores, designadamente em situações de catástrofe, calamidade ou acidente, a BA4 foi agraciada pelo Presidente da República com o Título de Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.
Em 30 de novembro de 2006, foi criado o Destacamento Aéreo dos Açores (DAA) com o EH-101 Merlin.
Após a desativação da Esquadra 711, em 11 de abril de 2007, foi criado o DAA com o C212.
Em 24 de setembro de 2008 foi reativada a Esquadra 752, a operar o SA-330S PUMA.
A 12 de março de 2010, após a desativação do DAA do C212 AVIOCAR, foi ativado o Destacamento Aéreo dos Açores do C295M.
A 5 de abril de 2011 o SA-330 Puma, operado pela Esquadra 752, termina a sua atividade operacional, ao fim de 34 anos de serviço nos Açores.
O Despacho 38/2023, de 16 de maio do CEMFA reativaria a Esquadra 752 - "Fénix", operando o sistema de Armas EH-101 Merlin, sendo no mesmo ano criado o Grupo de Manutenção Aeronáutica.