Durante um mês, um avião P-3C CUP+ da Força Aérea sobrevoou o Mediterrâneo, operando a partir da Base Aérea de Sigonella, na Sicília, tendo registado perto de oito mil contactos de interesse.
A missão IRINI24, que terminou a 6 de novembro com o regresso do destacamento da Esquadra 601 – “Lobos” à Base Aérea N.º 11, em Beja, teve a duração de um mês e permitiu cobrir uma área total de quatro milhões km2, quase 40 vezes o território nacional continental.
O destacamento da Força Aérea, composto por 37 militares e um avião P-3C CUP+, realizou 80 horas de voo de vigilância e patrulhamento marítimo procurando por contactos de interesse, sendo o objetivo principal da operação IRINI, uma missão da União Europeia, a implementação do embargo de armas da ONU à Líbia através da utilização de meios aéreos na inspeção de navios em alto mar ao largo da costa libanesa suspeitos de transportar armas ou material relacionado, além de monitorizar violações perpetradas por rotas aéreas e terrestres.
A missão IRINI24 tem ainda como objetivos patrulhar a área de interesse por forma a recolher informações relacionadas com redes de contrabando e tráfico de seres humanos e exportações ilícitas de petróleo.
Terminada a IRINI24, a Força Aérea inicia no mesmo local a missão Sea Guardian, uma operação no âmbito da NATO que, durante um mês, visa patrulhar o Mediterrâneo com o intuito de reforçar o combate ao terrorismo e incrementar a vigilância naquela área, de forma a garantir a liberdade de navegação e o conhecimento situacional daquele mar, com foco nas atividades de tráfico de estupefacientes, armas e pessoas, vigilância do tráfego marítimo e poluição.
A Esquadra 601 – “Lobos” tem contribuído regularmente em missões de patrulhamento marítimo no Mediterrâneo durante a última década, tanto em apoio à NATO como à União Europeia.