
Regressaram ontem, 8 de dezembro, os 39 militares e um avião P-3C Cup+ depois de mais de um mês em missão de patrulhamento marítimo a operar a partir da Base Aérea Sigonella, em Itália, no âmbito da missão Sea Guardian 2024.
O destacamento da Força Aérea realizou 13 voos, em mais 80 horas, reportando às autoridades 118 contactos entre as mais de 13011 embarcações detetadas.
A cerimónia de receção da Força Nacional Destacada decorreu durante o dia de hoje, 9 de dezembro, na Base Aérea N.º 11, em Beja, presidida pelo Comandante Aéreo, Tenente-General Matos Branco, que destacou o contributo significativo das missões realizadas para a segurança marítima no espaço da NATO e da União Europeia. Referiu que, ao longo de quase 3,8 milhões de milhas quadradas patrulhadas e 117 mil contactos identificados, os militares demonstraram excelência, arrojo e um elevado nível de profissionalismo, honrando a Força Aérea e Portugal.
Sublinhou ainda a importância do trabalho de equipa, destacando o apoio logístico, técnico e operacional como fundamentais para o sucesso da missão, que recebeu elogios de vários quadrantes internacionais.
A Sea Guardian trata-se de uma operação no âmbito da NATO que, durante um mês, visa patrulhar o Mediterrâneo com o intuito de reforçar o combate ao terrorismo e incrementar a vigilância naquela área, de forma a garantir a liberdade de navegação e o conhecimento situacional daquele mar, com foco nas atividades de tráfico de estupefacientes, armas e pessoas, vigilância do tráfego marítimo e poluição.
Recorde-se que no mês passado, igualmente na mesma região, um destacamento da Força Aérea com um avião P-3C Cup+ esteve em missão, no âmbito da Operação IRINI, que tem como objetivo a patrulhar a área de interesse por forma a recolher informações relacionadas com redes de contrabando e tráfico de seres humanos e exportações ilícitas de petróleo.
No cômputo das duas missões, a Força Aérea voou mais de 70 mil quilómetros e patrulhou mais de quatro milhões de Km², o que equivale a uma área 45 vezes maior que o território nacional. No total, entre os 30 mil contactos detetados, reportaram mais de 200 às autoridades por se considerarem de interesse. Entre estes, destaque para a identificação de 91 navios, dos quais 16 não NATO, além de uma missão Busca e Salvamento.
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