Conteúdo principal

Força Aérea acolhe concurso de combate de drones

A Força Aérea acolheu no Campo de Tiro, em Samora Correia, a fase final de testes do concurso de inovação da Agência Frontex (Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira), dedicado ao combate ao uso ilícito de drones nas fronteiras da União Europeia, que decorreu entre 29 e 30 de outubro.

Sob coorganização da Força Aérea Portuguesa e do Sistema de Segurança Interna e com a participação de elementos observadores destas duas Instituições, o Campo de Tiro foi palco de um concurso que envolveu as empresas internacionais que chegaram à fase final, nomeadamente a Adevex Solutiones, de Espanha, Dat Com, da Eslovénia, MBDA France, de França e Nordic Air Defence, da Suécia. Cada uma das empresas apresentou tecnologias em cenários simulados que reproduziram ameaças reais, como o contrabando e a vigilância não autorizada com recurso a drones. O vencedor do concurso será anunciado nas próximas semanas, pela Agência Frontex.

Aquela Agência destacou a colaboração da Força Aérea Portuguesa como tendo sido essencial para o sucesso do concurso, ao disponibilizar um ambiente de testes controlado, mas realista, que permitiu às empresas participantes recriar cenários complexos que refletem desafios operacionais concretos.

Para o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves, “é um orgulho para a Instituição acolher este importante concurso, demonstrando o seu compromisso com a inovação e com o desenvolvimento de capacidades tecnológicas avançadas no domínio da defesa”. “Ao participar em iniciativas europeias de inovação, a Força Aérea contribui para o reforço das capacidades conjuntas, promove a interoperabilidade, a partilha de conhecimento e reforça a autonomia tecnológica de Portugal e da Europa”, acrescentou.

Aija Kalnaja, Diretora Executiva Adjunta da Frontex, esclarece que “este concurso visa manter-nos um passo à frente dos adversários. Estamos a reunir empresas inovadoras para apoiar na gestão fronteiriça, respondendo a desafios de segurança cada vez mais complexos.”

O objetivo do concurso passa por apoiar as forças de segurança europeias com ferramentas não militares capazes de detetar, rastrear e neutralizar drones utilizados em atividades transfronteiriças ilícitas. Os sistemas foram avaliados quanto à precisão de deteção, flexibilidade e adequação ao uso por equipas de guardas de fronteira e costeiros em toda a Europa.

Este é o segundo concurso da Frontex dedicado ao combate ao uso ilícito de drones, na sequência de uma iniciativa bem-sucedida em 2023, centrada na deteção de objetos voadores a baixa altitude.