A Força Aérea terminou no passado dia 30 de novembro a participação nas operações realizadas em 2015 no âmbito da FRONTEX (Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia).
Esta colaboração, pelo quinto ano consecutivo, iniciou-se a 1 de julho em Málaga – Espanha, na operação INDALO, tendo passado por Sigonella – Itália, na operação TRITON, por Dakar – Senegal, na operação HERA, e por Kalamata – Grécia, na operação POSEIDON.
As aeronaves de reconhecimento e vigilância C-295M e P-3C CUP+, pertencentes à Esquadra 502 – “Elefantes” e à Esquadra 601 – “Lobos”, utilizaram os mais avançados sensores e tecnologia existentes com vista à deteção, localização e reporte de navios com migrantes a bordo, encaminhando meios de salvamento presentes na área.
Foram detetadas e investigadas 35.720 embarcações, tendo algumas delas sido confirmadas como embarcações de transporte de refugiados, onde foram resgatados homens, mulheres e crianças, num total de 1.665 pessoas.
Nestas regiões de proximidade marítima ao continente africano, as aeronaves portuguesas percorreram mais de 175.000 Km, para controlarem uma área de quase 10.000.000 Km2, o equivalente à área de toda a Europa.
Este esforço nacional de mais de 200 dias, alguns em sobreposição com duas operações a decorrer em simultâneo, só foi possível devido à entrega e dedicação dos mais de 250 militares envolvidos, entre tripulações, oficiais de ligação, pessoal de manutenção e apoio, permitindo que fossem voadas 842 horas, nas nove aeronaves mobilizadas para o efeito.
Em 2016, está desde já prevista a utilização dos meios nacionais em pelo menos quatro meses de operação em áreas ainda por determinar.