Esta manhã, 2 de agosto, o Ministro da Defesa Nacional, ladeado pelo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, recebeu os militares que estiveram em missão, durante quatro meses, com a responsabilidade de patrulhar os céus do Báltico. Em palavras dirigidas aos militares da Força Aérea, Nuno Melo reconheceu que, “patrulhando os céus (…), correndo realmente muitos riscos, os militares da Força Aérea que hoje recebemos no regresso a casa encarnam muito dos sacrifícios inerentes à condição militar pela disponibilidade para a dádiva da própria vida, se for caso disso, pela defesa das nossas liberdades, das liberdades dos outros e pela Pátria portuguesa”. Perante esse facto, o Ministro da Defesa enalteceu que “a cruz de cristo e os F-16M transportaram pelos céus dos Bálticos o melhor de Portugal que é também traduzido na Força Aérea, e os nossos parceiros e os nossos aliados, a NATO, sabem disso muito bem”.
Recorde-se que entre 1 de abril e 31 de julho, quatro F-16M e uma força de 85 militares em permanência estiveram a operar a partir da Lituânia por forma a garantir a segurança do espaço aéreo da Estónia, Letónia e Lituânia. Reforçando que os “militares portugueses não estão fechados nos quartéis”, aquando da visita à Lituânia, o Ministro da Defesa testemunhou “o espírito de camaradagem que vos une, a excelência e a entrega total com brio da missão com uma lealdade e dedicação impressionantes”, constatou no discurso de receção à força.
A missão envolveu a participação total de 240 militares da Força Aérea, pertencentes às áreas de operações, informações, manutenção, logística, apoio sanitário, proteção da força e segurança, garantindo-se assim todo o espetro de valências necessárias para o sucesso da missão, de forma eficiente. Estas missões compreendem o policiamento do espaço aéreo dos países bálticos através da identificação e interceção de aeronaves que não cumpram com as regras internacionais da aviação ou que sejam um potencial risco para o tráfego aéreo e para a segurança coletiva.
Nos quatro meses de destacamento, as missões de Policiamento Aéreo foram cumpridas sem falhas, com 100% de sucesso na execução do alerta, com uma postura de prontidão de 15 minutos, tendo-se intercetado e escoltado aproximadamente 20 aeronaves. Aproveitando a presença em missão, foram ainda realizadas 284 missões de treino, de tipologia ar-ar e ar-solo. Esta foi igualmente uma oportunidade para a integração com meios de diversas nacionalidades, incluindo equipas JTAC e sistemas de defesa aérea. Ao longo dos quatro meses de operação, realizaram-se 565 horas de voo, sem qualquer registo de incidentes ou acidentes, revelando o profissionalismo, empenho, agilidade, competência operacional e técnica dos militares.
Perante os números da missão, Nuno Melo referiu não duvidar do “sentido de gratidão de um povo inteiro por aquilo que fazem”, acrescentando que, “apesar dos riscos, a Força Aérea ajudou a assegurar a capacidade dissuasora e defensiva da NATO perante ações de provocação do espaço aéreo, a ações que testaram e testam todos os dias a coesão dos Aliados e já agora das democracias”. O Ministro da Defesa deixou ainda palavras de elogio aos militares referindo que “em todos os momentos, em tempos de guerra e em tempos de paz, nós sabemos que as Forças Armadas e a Força Aérea em particular encarnam de facto o sentido de missão e o melhor da nação portuguesa e podemos ter a certeza mais uma vez que a ação e os serviços prestados a Portugal e à NATO na Lituânia, com abnegação e empenho, fizeram jus ao lema dos Falcões «Guerra ou paz tanto nos faz» e ao sentimento de bravura no lema dos Jaguares «De nada a forte gente se temia», concluiu”.
Esta foi a sétima participação da Força Aérea em missões do Baltic Air Policing desde 2007, integrando as Assurance Measures da NATO, que atestam o contínuo compromisso de Portugal com a segurança e a estabilidade dos países aliados.